quinta-feira, 27 de maio de 2010

Psicoterapia Psicanalítica II

A psicoterapia psicanalítica terá por base um processo que em nada deixa a desejar a qualquer outro processo, uma vez, que o fundamental é a escuta do terapeuta frente ao cliente que se abre a um caminho desejante de se trabalhar em nível inconsciente.A postura da escuta terá um outro enquadramento no processo psicoterápico que permitirá um encaminhamento adequado à necessidade do cliente pois o que fará o recorte é a estratégia de intervenção,com base em fatores pertinentes ao adoecimento deste e do lugar em que este se propõe a revelia de seu desejo ficar seja desde uma questão psicossomática a uma questão de sintomatologia específica que vem empobrecendo o modo vivendis do cliente que sofre e com base neste sofrimento impede o deslizar pleno de seu' ditos' e se amontoa em passagens rígidas que o impede de crescer e ocupar o seu lugar,criando impasses frente ao isolamente de si e o emergir do sujeito de seu próprio desejo.
Neste processo a escuta será um elemento específico de intervenção diferenciada,mesmo que muitos na prática analítica costumem criticar,um direito que se tem mas a clínica evoluiu e evolui sempre e desta forma é imprewscindível descolar-se de preconceitos e atuar como atua um menino à beira de um rio a soltar pipas de modo livre,sem medo e sem receio mas firme em seu processo de em cada dia lidar com o novo embora se pense que a arte de soltar pipas sempre seja o mesmo e mecânico.Iludem-se aqueles que pensam assim pois a vida é um haver e deste ninguém pode fugir,não obstante a arte é ilimitada e o parâmetro para tangenciá-lo pela escuta nos remete a muitas surpresas que a base epistemológica até mesmo se assusta.Há aqueles que entram em uma sessão psicanalítica e não saem deste lugar,a responsabilidade é dele?Com certeza que não!Até por que como dizia freud nem todos são passíveis de submeterem-se à análise e acrescento eu nem todos são passíveis de ter por escuta esta frase de Freud,paralizando-se frente ao processo sem nada fazer,sem um direcionamento instaurar para que a escuta se dê,de outro lugar,lugar este que emperra quem tem a marca de uma clássica falta de revisão não só da obra psicicanalítica mas de sua própria condição de dificuldade em lidar com a falta(Pensam estes quem irá conferir se meu lugar pode ou não ser esse)Ora é preciso nomear-se e, este é sem dúvida um tempestivo alvanque desenfreado de faltar a ser,assumindo que nada é fechado e que enquanto há falta sempre emergirá algo à busca de nomeação...Nomeação sincera e modesta asim como o é a felicidade,do todo sempre há e haverá uma falta que bom!Estamos vivos a procura incessante do novo,de modo algum de qualquer nonvo pois muitos deles servem mais à reprodução de questões obsoletas.
É preciso sobretudo inovar e este é o caminho espinhoso porém assertivo de deslanchar uma prática psicanalítica a serviço da psicoterapia.Psicoterapia em nada se distancia da escuta por que esta pertence ao sujeito que deixa se servir do insconciente aplicando suas intervenções de modo nomeado,sendo ìmpar em sua dinâmica de atendimento à demanda que vai se delineandoà medida que o processo de escuta se desvela imperiosamente à serviço do incnsciente que se abre e se mostra como pode naquele momento.Gozo no sentido lacaniano sempre haverá porém a forma de lidar com o mesmo é que perpassa qualquer imperativo de obsolência.
A escuta assim como o dito DITO podem cristalizar-se e, aí como fazer?...Nada apenas deixar que essa cristalização diga da forma dela a que veio,assumir um pouco o lugar do mestre sem nele cristalizar-se talvez seja a arte e de modo algum a manha!
A linguagem tem dessas coisas mas,a pulsãoàs vezes bagunça a ordem e escolhe outro instrumento de se alojar subvertendo a tudo que é lógico no plano linguístico,criando talvez uma liguagem que temos que catucar,investigar,descobrir quem sabe sua lógica uma nova lógica ou linhagem de expressão.O importante é que se possa dar alguma margem para que esa expressão alcance a nossa escuta mesmo que de modo irreverente,mas nos atinja fazendo sentido,não um sentido da completude,mas um sentido que nos atinja o corpo e se faça significante para ambos,perpassando a ambos da relação terapêutica no sentido é claro de modo algum dicotômico mas, no sentido que transcenda a dicotomia, por mais que ela teime em se instaurar, no palco analítico terapêutico.O significante é atemporal e tem por função deslizar quando a escuta há e em muitos casos é preciso de algum modo cutucar a pulsão para que desta forma alguma coisa surja,sim alguma coisa isto de modo algum quer dizer qualquer coisa.Mas soberanamente qualquer coisa pode ser o lixo e ao mesmo tempo mola mestra para que alguma coisa nos surpreenda ao emergir seja em um ato sem sentido,seja na falta deste marcada por uma insinuação de que algo está por vir.
A psicoterapia psicanalítica será a arte de anunciar que trodos podem se incluir no processo analítico e ser recebido como estar,de modo incondicional e se permitir estar de passagem sobrevindo a "cura" das mazelas que interrompem o fluxo da vida no bem viver do haver,o amor da morte explode as maioresarmadilhas,os maiores obstáculos e levam à via também da cura se soubermos nele tocarmos de modo sutil e permanente,mas reverente.estando alí à espreita para que ela tão temida se insinue,deixando rastros que mesmo que muitas vezes empobrecidamente se denuncia ou ainda se anuncia sem querer expor-se,mas que legal deixa rastros para quem na prática terapêutica se mostra atento e aí quem sabe poderemos dizer que inexiste a falta de sentido mas o sentido da falta a se insinuar sem que este seja de fato seu objetivo final,por que se encontra numa ordem invertida,subvertida,em uma lógica que despreza a lógica de certa linguagem...Por certo de certa linguagem mas, que adverte o tempo todo que possui ou há quem sabe uma outra linguagem escondida que tem seus ditames próprios que se insinua onde ninguém pode sequer imaginar mas catucar,catucar,catucar....com real perícia:a Perícia de isenção ativa,de detonagem,de revirar o que quer insinuar-se como estático,imóvel e intocável(Embora seja de fato mas talvez não de direito e vice e versa).O importante é o processo que leve a'cura' sem se esquivar-se enquanto Psicoterapeuta deste irreverente e inusitado cuja apência quer insinuar-se como a do mal.
A psicoterapia psicanalítica pode ser sim a aparência do bem que se abre à atender aquilo que aqui denuncio como a aparência do mal.É preciso levar o cliente a ocupar seu lugar apesar da aparência,apesar de suas condições,apesar de suas dificuldades...pois alí justamente onde se determina que a alguns clientes não tem jeito de encaminhar à "cura" que a "cura" aparece sem previsão...Por que lidar com quem padece da dor,sem julgamento, é dar permissão para que ele seja acolhido por um dito que a ele faça semblante e ao redor dele quase que aparentemente sem perícia veja a quilo que o faz padecer detonar-se sem a ele descompensá-lo,levando-o ao sentido sem se importar à princípio com as premissas lógicas do inconsciente quanto ao que venha a ser significado,signo ou significante mas de modo marcande atender sem receio e semdelongas ao cliente que padece e quer ver-se livre da dor.Dor é um significante que nunca cessa de significar ou de nada significar.Onde se diz desta forma há "cura",se diz a "cura" se faz da forma que se insinua sem querer,sem sabermuitas vezes sem desejar.
Lamento aqueles que reprimem seus clientes e analisandos a um processo sem fim e sem qualquer tipo de escuta,por que a escuta se faz presente sempre mas, a dor ou a pulsão de morte se insinua e se o Psicoterapeuta ficar à deriva ele faz o papel de elevar a dor,a paralizar tudo e nada fazer por mais saber ou tempo de atuação que tenha(Sei e reafirmo nada importa nem um nem outro, quando não se abre, às insinuações do não-dito convencionado assim ser dito...)Vamos revirar e dar condições às viradas que as insinuações por mais que fique a espreita de uma catucada se faça valer pela condução da Psicoterapia Psicanalítica.