terça-feira, 30 de junho de 2009

Essa tal Felicidade...

A existência humana é marcada por processos que muitas vezes ficam ocultos,como uma certa defesa.Entrar em contato com o oculto na realidade é entrar em contato com o surpreender-se com as nossas potencialidades e, isto, às vezes é assustador pois, desde de cedo fomos levados a cumprir papéis mais para agradar os outros e nos afastamos de nosssos desejos,sendo levados a sustentar o desejo do outro,como sendo nossos e nos alienamos.
existir na realidade expressa estar fora,em algum lugar tropeçamos nas palavras,e elas nos parecem estranhas a nós mesmos e, é aí que surge algo que de certo modo nos revela...É justamente nesse escorregar da palavra que há uma oportunidade de aparecer uma verdade que pode acender uma luz...talvez modesta até porque a felicidade em si ela é dessa ordem...desejar é alcançar a posibilidade de nunca realizar por completo algo pois, mal alcancemos um desejo eis que surgem faltas que nos levam a desejar algo para além deste e, assim vai a vida...é desta felicidade que ao mesmo tempo que perseguimos nos afastamos pois alcançá-la seria nos paralizar,sucumbir e todo ser ao mesmo tempo que busca essa tal felicidade tem receio de alcançá-la pelo menos por completo até por que inexiste esse completo tão sonhado e tão temido.Talvez existir seja entrelaçado por essa impossibilidade pois, justamente a vida é movimento e se...a felicidade plena se alcança o que iremos por de combustível para continuarmos sonhando ou melhor dizendo desejando.deixar de desejar gera angústia(A falta da falta)É ...é preciso nos depararmos com a falta para continuarmos a viver... E desejar só tem um sentido que nos fere e nos põe vivo que é sempre desejar...parar esse movimento é perigoso e muito arriscado ,uma vez ,que sem falta... de modo algum há movimento,de modo algum há vida até por que vida é da ordem do desejar constante.Que objeto é este que perseguimos às vezes sem saber?Que coisa é essa que tanto buscamos?Às vezes sofremos nessa busca constante...Às vezes temos a ilusão de que o encontramos e, de repente, ele nos escapa...por que sempre escapará mas, sempre o encontramos em outro lugar :quando nos permitimos ressignificar mas ,de fato e de direito ele sempre nos é obscuro,nem luz que se acende a mostrá-lo inteiro nem escuridão que não o faça aparecer de relance...ele(aquilo que tanto anseiamos)está aí a nos fazer desejar,desejar,desejar...E, um dia talvez, percebamos que essa felicidade de modo algum reside num absoluto prazer mas, é da ordem da felicidade modéstia que... de jeito algum nos freia em uma totalidade, tampouco, nos deixa na superficialidade...
Mas, nos assujeita ao nosso próprio desejo que nos faz surpreender com aquilo que desconhecíamos de nós mesmos.E, é alí ,quando nos exilamos que aparece a verdade de que somos...um constante devir,um revirar,de jeito algum um revirar qualquer...mas um revirar que nos surpreende... apontando sempre um futuro, ao invés, de nos cristalizarmos no passado...por que sempre há um deixar vir,uma abertura ao novo, sem ser de novo...simplismente um novo olhar,um constante desejar... Pois que...Este tal de absoluto de modo algum haverá...o que se pode encontrar então é esta tal de modéstia felicidade que de modo algum se aprende...se surpreende no haver,pois do haver ninguém pode fugir ,uma vez, que só ele há.Sem início e sem fim...Sem absoluto...apenas HÁ...